quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Berta Cabral sublinha trabalho desenvolvido pela UMAR


A candidata do PSD/Açores à Presidência da Câmara Municipal de Ponta Delgada sublinhou hoje o trabalho que a UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) tem vindo a desenvolver, quer na defesa dos direitos da mulher, quer na luta pela igualdade de género, quer ainda na protecção das vítimas de violência doméstica.

Berta Cabral, que falava em Ponta Delgada, após um encontro com as responsáveis e técnicas da UMAR, referiu que esta organização tem, igualmente, um papel importante na formação e na informação sobre a participação activa que a mulher deve ter na sociedade.

Segundo adiantou, “é imperioso que as mulheres participem efectivamente e cada vez mais na sociedade” e em todas as áreas do progresso, desde a social, passando pela económica e até à política. É preciso criar uma nova ordem social para que as mulheres possam ter tempo e espaço para contribuírem para o progresso da sociedade”.

“Não nos podemos esquecer que as mulheres representam 50% da sociedade e, sendo assim, devem organizar-se para terem uma participação cada vez mais activa nessa mesma sociedade. A nova ordem social que é necessário criar para dar tempo e espaço a mulher passa pela criação de mais creches e de mais centros de idosos. A igualdade faz-se com a participação” - referiu a candidata à Presidência do maior Município dos Açores.

A UMAR funciona num espaço exíguo em Ponta Delgada e, por isso mesmo, vê-se confrontada com muitas limitações. Além de tratar de muitos casos de violência doméstica, faz formação e informação nas escolas e, segundo foi referido no encontro com Berta Cabral, é necessário criar um espaço de passagem para as vítimas de violência doméstica em alternativa à casa de abrigo, de forma a se apurar se essas mesmas vítimas, na sua grande maioria mulheres, têm ou não capacidade e condições para levar uma vida autónoma.

Sobre esta matéria, Berta Cabral adiantou que a autarquia por si presidida terá esse pedido em atenção quando proceder a novos realojamentos. Ou seja, “deixaremos um espaço para acolher temporariamente” as vítimas de violência doméstica. No entanto, quer a casa de abrigo, quer a casa de acolhimento temporário têm de ser mantidas em sigilo para proteger as vítimas dos agressores.

Ainda durante o encontro com as responsáveis da UMAR, Berta Cabral fez questão de referir que a sociedade está cada vez mais agressiva e que é preciso trabalhar para que haja educação com vista à não violência e para que se induza nas pessoas valores superiores que hoje parecem esquecidos.

Defendeu mesmo que “é na escola que se deve aprender a noção do que é correcto e do que não é correcto, com disciplinas que ensinem os mais novos a viver em cidadania.

Além de um número significativo de mulheres e de alguns homens sofrerem com a violência doméstica, nos Açores está-se a assistir a um outro fenómeno: a violência no namoro e a violência para com os idosos, como foi referido no encontro com a candidata à Câmara de Ponta Delgada.
Neste campo, Berta Cabral insistiu na necessidade de se educar os mais novos para que a sociedade futura seja uma sociedade de valores superiores.

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